segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Duplo Urbano (pequena narrativa errante)

DUPLO URBANO
07/09/2014
Paulista

Quais as musculaturas que esse outro acessa?
E se acessar, que energia libera?
Ele apareceu no meu caminho porque era a energia que eu precisava por hora.
A cada minuto acaba.
Um passo por um minuto.
Ele
O encontro
Foi na esquina convergente.
Ao todo foram 11 quarteirões.
Sol e sombra
Sem gente
Pouca gente
Uma
Duas
Um sorriso e uma mão que me ajudou.
Música
Emoção
Casais
Sentido
O saci embaixo da ponte nunca foi revelado.
Ali não passam pessoas em seus pés.
Gente passando a carro.
Volta para ver as árvores.
Árvores que centenam.
Como deve ser centenar?
Edmilson fala.
Fala bonito porque fala.
É foto fácil enquanto ele também ouve música.
A esquina porta para encontrar o duplo.
Ande por ruas diferentes, 
construa uma escada e 
quando chegar no andar de cima, entre.
Você vai perceber quem é ele.
Acompanhe o passo.
Um passo é um instante de existência.
Um momentum.
Incorpore esse instante.
Sola do pé é onde bate o coração.
Coragem.
Atravesse.
E deixe-se atravessar.
Construa o duplo urbano.
Do outro lado,
espelho oposto.
Exponha-se
Para que seja uno.
No melhor espírito unidunitê.