Durante...
por Sandra Ximenez
SOU FORTE COMO O VENTO
SOU PESADO COMO AS ÁGUAS
SOU FORTE COMO O VENTO
SOU PESADO COMO AS ÁGUAS
SOU EU, ROUXINOL,
ANDO PELA MADRUGADA
SOU EU, ROUXINOL,
ANDO PELA MADRUGADA
Durante meses depois…
por Hideo Kushiyama
Tocar a cidade em uma melodia, ou o canto o sobre
qualquer canto, canto-lugar, becos, bifurcações e ilhas. O não destino nas
mãos, onde as linhas se cruzam, rompem, se perdem, se tencionam gerando o axé!.
Conter nas mãos o corpo mapa de um mistério, derivar me chama para o sacerdócio
do acaso das cidades invisíveis e possíveis, destino temporário, destino-fluxo,
destino do agora, tempo de vida e morte em 24 horas.
O corpo ainda pede alguma coisa, a cidade chama para
mais um namoro, não moro, não
morro! Sobrevivência de tempos depois!
Uma reflexão porque “errare humanum est...”
por Beatriz Cruz
No livro “Walkscapes – o caminhar como prática estética”,
Francesco Careri traça um panorama da errância e revisita o mito de Caim e
Abel, observando a relação nomadismo e sedentarismo. Segundo o Gênese, os
filhos de Adão e Eva representam a “divisão do trabalho e, portanto, do próprio
espaço”.
Caim, representa a alma sedentária. Raiz da palavra
significa possuir, adquirir, obter, governar, subjulgar, ferreiro...
Abel, representa a alma nômade. Raiz da palavra significa
VAPOR, termo refere-se a toda coisa animada que se move)
Vapor, ar e água
Sou eu, forte como vento e pesado como as águas.
Ando pela madruga.