segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

SONS LEVAM A LUGARES (procedimentos e registro)


LOCAL DE MORADA
27/11/2014
Paulista - Jardins
São Paulo


Prática de deriva: estímulo para perder-se no local que você mora.

Deite no chão de sua casa e deixe ele tocar a sua pele. Ative a primeira fronteira. Borre a primeira fronteira. Abra a primeira porta e continue com esse movimento. 







#1 
Em cada encruzilhada, defina que caminho tomar a partir daquilo que você quer tocar: texturas, mobiliário, objetos e etc. Encoste-se, sente-se, deite-se, esfregue-se. 








#2
Sempre que tiver que optar por um caminho, atente para os sons que consegue ouvir. Escolha a partir do som que mais te interessa.






#3
Jogue um dado sempre que tiver que definir o caminho. Na primeira jogada, você define o lado (par = esquerda ou ímpar = direita). Segunda jogada, você determina o número de quarteirões para andar. 



Em busca de um caminho para me perder e do bloco de notas que me cabe.





Escrita automática
20min
Uma mesa convidativa me fez sentar pra escrever
Beatriz Cruz

Hoje comecei do lado de dentro fazendo um caminho interno pra sair do corpo ou do meu corpo da minha casa pra sair da minha casa seguro o lápis como um pincel viro a página que gruda volto aqui agora estou ele esteve porque foi aquecido na saída o chão sai com a forma que queria fazer mas lembrei da tarefa do caderninho bloco de notas papel sai comecei voltei as formas até ativar os sentidos estava dispersa então segui a pele aquecimento dois seguir a pele no começo foi bom para estar estive no poste por uns segundos poste porto seguro uns segundos uma noção minha uma noção do espaço para pensar macropoliticamente o que é estar aqui porque estou aqui e penso entre ser pergunta e afirmação subi tocando sons primeiro o som de vidro o som quebrado pedra que toco é porque tenho uma história e tudo lembra lembra porque viro e vou até o som os sons me levam pra lugares.

Sai é isso. Sem situações. Passo rápido quando os olhares são dos manobristas e seguranças. Troco olhar com todos mas tímido não simpatizo nem eles comigo. Se entre olham. Ninguém ri. Não deixo de fazer comparações entre postes entre gente.

Sigo escrevendo para além da hora marcada sob garoa fina que molha o papel.

Continuo dali daqui com os passarinhos novo lugar. Aquela casa. A casa há outra casa dessa sigo e imagino cadeiras na escada volto e procuro o dado vem os números e a métrica apenas faço e sinto e refazer a seqüência de números
E 4
E 3
D 2
D 6
D 1

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