O Coletivo Teatro Dodecafônico convida a todos para participar de suas
oficinas práticas que resultarão em intervenções em espaços públicos da cidade de
São Paulo. A proposta é pulverizar “O que Ali se viu”, última encenação do Coletivo,
instalando cenas e criando intervenções urbanas a partir dos princípios utilizados na
criação. As oficinas serão um espaço de compartilhamento da pesquisa do Coletivo
sobre ocupação do espaço público, a partir das coralidades contemporâneas e da
relação com a cidade. Cada oficina será composta por três encontros com três horas
de duração cada, mais um período para a intervenção. Todas as atividades fazem
parte do projeto contemplado pelo Programa Municipal de Fomento ao Teatro.
“para quem olha para a cidade e tem vontade de fazer teatro”
Oficina: 2 a 4 de Fevereiro, quinta a sábado, das 10h às 13h
(três encontros com três horas de duração cada)
Local: FUNARTE (Alameda Nothmann, 1058)
Público alvo: maiores de 18 anos, interessados em artes.
Inscrições por e-mail: teatrododecafonico@gmail.com
(enviar nome completo, data de nascimento e justificativa de interesse)
nº de vagas: 20 (vinte)
Intervenção urbana: 5 de Fevereiro, domingo, a partir das 10h
Local: MINHOCÃO (Elevado Costa e Silva)
TODAS AS ATIVIDADES SÃO GRATUITAS
Mais informações sobre o Dodecafônico e seu projeto:
O projeto “Decupagem Dodecafônica”, recentemente contemplado pela 19ª
Edição do Programa Municipal de Fomento ao Teatro, propõe em uma das suas
etapas – “São Paulo Através do Espelho” – cinco oficinas e cinco intervenções
urbanas em diferentes espaços públicos da cidade.
As oficinas, oferecidas a maiores de 18 anos interessados em artes, visam
compartilhar alguns procedimentos desenvolvidos pelo Coletivo Teatro
Dodecafônico na pesquisa e criação da cena, em especial aqueles que se referem à
relação com o espaço e às coralidades contemporâneas. Os participantes serão
convidados a integrar as intervenções na cidade de São Paulo, pesquisando
possíveis relações com o espaço urbano a partir de cenas de "O que ali se viu". Esta
é a mais recente encenação do Coletivo, uma resposta-reação às obras de Lewis
Carroll, "Alice através do espelho" e "Alice no país das maravilhas". Peça itinerante
na qual o público assume o lugar da personagem, percorrendo cenas e intervenções
instaladas no espaço, esteve em temporada de 40 apresentações no SESI Vila
Leopoldina no final de 2010.
Todas as atividades serão gratuitas, em vista da verba pública destinada ao
projeto do Coletivo Teatro Dodecafônico, da Cooperativa Paulista de Teatro.
Atividades Previstas:
Oficina: 25, 27 e 28 de Fevereiro, sábado, segunda e terça, das 14h às 17h
Local: Biblioteca Alceu Amoroso Lima (Rua Henrique Schaumann, 777)
Intervenção urbana: 29 de Fevereiro, quarta, a partir das 14h
Local: LARGO DA BATATA
Oficina: 19 a 21 de Março, segunda a quarta, das 18h30 às 21h30
Local: Oficina Cultural Oswald de Andrade (Rua Três Rios, 363)
Intervenção urbana: 22 de Março, quinta, a partir das 18h30
Local: PRAÇA TIRADENTES
+ 2 oficinas e intervenções em abril e maio.
Alguns princípios norteadores da pesquisa do Coletivo Teatro Dodecafônico:
Instalação da cena em arquiteturas pré-existentes – o espaço tem
papel de destaque nas composições, sendo um dos primeiros
elementos a serem definidos.
A posição do público em relação à cena é pensado a partir de
procedimentos da câmera cinematográfica – enquadramento e ponto
de vista estão diretamente relacionados.
Não há primazia de nenhum elemento constituinte da cena – o texto
tem a mesma importância que o corpo, o espaço, o tempo, a
iluminação, a sonorização, sem qualquer relação hierárquica.
Os atores-criadores apresentam-se como figuras, criadas por meio da
composição corporal (físico-vocal) – a construção nunca passa pelo
viés psicológico.
Toda encenação do Dodecafônico é uma reação a uma obra de referência (literária,
visual, cinematográfica) e não uma adaptação para o contexto teatral. O termo
reação começou a ser utilizado pelo Coletivo em decorrência da prática, ou seja,
como resposta à experiência vivida. Portanto, reagir é: transpor (no caso da
literatura, sem transformar discurso indireto em direto); transformar (a obra original
como propulsora de novas formas textuais e imagéticas); e montar como na
linguagem cinematográfica (sobrepor elementos, criar em camadas). Reagir, pois,
para não esgotar.
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